Partita | SPCD

[CRÍTICA DE MINUTO]

Partita | SPCD

“‘Partita’ é dessas obras que ganha interesse conforme se fala dela, conforme ela é explicada. À primeira vista restrita a uma bela estrutura, ela trabalha desafios de forma, propostos por uma lógica de se dançar, letra a letra, um poema que descreve um quadro. Comparando, a obra oferece deixas do poema e da pintura. Sem contrapontos, ela te entrega a curiosidade de encontrar o que mais ali se esconde.” 

É um exercício: de coreografia, de execução, mas também para o público. Como fazer a ponte entre quadro, poema e as duas coreografias que coexistem na cena? ‘Partita’ se beneficiaria de uma estrutura de instalação, onde pudéssemos frequentar todas as fontes continuamente, numa jornada mais longa de intimidade. No fulgor do palco, se registra um paralelo com o próprio processo de Stephen Shropshire com a SPCD: um residente que, por causa da pandemia, pode residir de fato pouco com o grupo, mas encontrou meios de fazer dançar, de trançar em cena essa comunicação. É um belo resultado, mas que precisa de algumas notas de rodapé pra poder ser amplamente desfrutado.

Partita: @gabijuvencio @andregrippi @carolinapegurelli @yoshi_suzuki @castrohiago @ammandarosa @nielsonsouza @lucianadavi @anarobst @kaynan_juan_oliveira + @saopaulociadedanca @inesbogea @beatrizhack @teatroalfa_iac

Crítica de Minuto | @outra.danca | por @henriquerochelle

📷s @la_synesthesie @iaridavies

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