Ibi | SPCD

[CRÍTICA DE MINUTO]

Ibi | SPCD

“’Ibi’, de Gal Martins para a São Paulo Companhia de Dança nos deixa com um grito. Vazando da boca e escapando do corpo, em suspenso, não se sabe se esse grito marca a dor, o desespero, a esperança, ou um chamado. Em cena, um rito mistura o que é coletivo e o que é individual. Como ser gente, em meio ao caos e à terra arrasada? Como ser indivíduo, em um mundo que destorce e apaga identidades?”

Essa coreografia se assiste, em parte, de entre a vegetação, com os bailarinos meio escondidos por um cenário que é bruto, mas carrega a sutileza da natureza. Esse contraste faz um arco na obra, expresso no seu subtítulo: da natureza ao caos. O caos, perceberemos, é a cidade, o cotidiano — é o momento presente. E ele se sente na terra-arrasada sobre a qual os bailarinos são convidados a se encontrar. O processo, é possível de ver, não é indolor. Ele tem esforço e sofrimento. Mas carrega uma esperança: um (novo) parto de si mesmo. Junto do elenco, a plateia também busca seu lugar.

/ Ibi: Carlos Nascimento @dandycaetano @kaynan_juan_oliveira @danielreca @leforattini @mtheiroz @vinicius_lomo @leops.art Joao Gabriel Inocencio @micamolina1 @nielsonsouza @pamella.ferreira.rocha @sofia_tarrago + @saopaulociadedanca @galmartins1 @inesbogea 

Crítica de Minuto | @outra.danca | por @henriquerochelle

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