Crôa | Cisne Negro
Crítica de Minuto, publicada originalmente no Instagram
[CRÍTICA DE MINUTO]
Crôa | Cisne Negro
“Uma obra-relicário, puxada pelos tambores de seis caixeiras do maranhão, ‘Crôa’ coloca em cena a festa, a mítica, o simbolismo e a tradição do Divino Espírito Santo de Alcântara. Simone Ferro conduz a Cisne Negro numa jornada delicada de contato, proximidade e convívio com essas fontes. Juntos, entoam o canto da continuidade, da tradição que se atualiza e se faz presente, e recebe e norteia o público entre suas poderosas e sensíveis toadas.”
Extremamente cuidadoso, ‘Crôa’ espelha uma longa pesquisa e contato de Simone Ferro com o Maranhão. O que chega no palco do Sesc 14 Bis tem aquele misto único: é referência, é homenagem, é transformação, é espetáculo, é cerimônia. Poder ver essa proposta com o toque ao vivo das caixeiras é impagável, transformativo e contagiante. O corpo dos bailarinos responde, em coreografia e em sensibilidade, a esse momento único. Eles aprendem, tocam, conduzem e são conduzidos. A delicadeza do momento é a de quem carrega um oratório, um relicário. De repente, a plateia toda também foi transportada, dançamos com a sereia, observamos o imperador e a imperatriz, e vemos leve e poderoso o Espírito Santo, que chega na alvorada, numa tradição que mistura culturas, mistura histórias, povos e identidades — e justamente por isso é um reflexo tão interessante do Brasil, e também da Cisne Negro, que ganha pro seu repertório uma excelente obra, ricamente ilustrada, em proposta, dança, música, cenografia e figurinos.
/ @cisnenegrocia @jjjuliap @bubu165@willgasparo_ @is.dantas @gstv.ambrosio@ma.zanatta @gil.mario97 + @sferro59@danybittencourt_turzi @kelsonbarroswanglesfabio.cardia @patricialquezar + Agostinha da Hora, Aguida Pinheiro Neves (Moça Neves), Lindanira Nunes Oliveira, Maria Dalva Belfort, Maria Ribamar Travassos (Maria Caixeira), Marialda da Hora (Adinha)
Crítica de Minuto | @outra.danca | por @henriquerochelle
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