Quais os @s da dança?
Pra formar redes mais fortes, a gente precisa se encontrar. Nos apps também. Marca os @s do povo da sua dança!
Em tempos de redes sociais, os compartilhamentos, os likes, os seguidores importam. Também para a dança. A visibilidade interessa, ela muda possibilidades de trabalho, de alcance, de público, de comunicação. Mas, todo novo serviço a ser feito demanda mais trabalho, e normalmente a gente já tem trabalho demais e verba de menos. A tendência acaba sendo a de acumular funções e todo mundo sabe o que acaba acontecendo…
O trabalho de mídias sociais é constante, é complexo, e pra algumas pessoas é um saco. E com frequência cai naquela lista de sobreposições. Tem que dançar, mas também tem que fazer luz, som, figurino, cenário, e mais ainda, tem que fazer a produção, a captação de recursos, a prestação de contas, a comunicação, as imagens, a divulgação, a assessoria, e também as mídias sociais.
Tem muito espaço pra alguma coisa ficar descoberta. Eu entendo porque é a realidade também do meu site e das redes. A gente acaba fazendo escolhas que estão longe de ser o ideal, de ser o plano. São aquilo que dá pra fazer, naquela hora, naquele dia.
Na minha cabeça, o maior impacto que eu percebo tem a ver com marcar os @s do povo. Compartilhar alguma coisa identificando as pessoas envolvidas tem um efeito multiplicador importante. Dá links diretos pra quem tá lendo encontrar esses grupos, esses artistas, e saber mais, por outras vias, dos trabalhos deles, pra além daquilo que eu menciono naquela ocasião.
É público potencial, e isso tem uma relevância. Mas, ainda mais importante, é uma questão de redes. De mostrar pro mundo das decisões algorítmicas as proximidades e as prioridades que a gente dá pras coisas de dança, que ali nas redes competem com as coisas dos amigos, com os videos engraçados, com as propagandas direcionadas…
Só que caçar @s é uma tarefa lerda e ingrata. Eu adoraria marcar os @s de todos os elencos e de todas as fichas técnicas das obras que menciono. Mas cadê? Procurar isso leva um tempo do cão, e nem sempre tem bons resultados. Quantas pessoas identificam no próprio perfil que aquele sujeito que você tá procurando é o bailarino mesmo, e não qualquer outra pessoa com esse nome? Quantos artistas colocam na descrição esse tipo de detalhe de onde trabalham ou o que fazem?
Ai a gente pensa… bom, dá pra aliviar o trabalho da busca se a gente receber esses @s. E daria mesmo. Mas conto nos dedos as vezes em que recebi esse tipo de coisa com o material de divulgação. Nos dedos de uma mão só, aliás. Mais que isso, frequentemente os próprios posts dos grupos e companhias não marcam seus artistas, ou marcam só quem aparece naquela imagem em específico.
Achar essas informações pra divulgar as pessoas se transforma em um trabalho de investigação. E, na falta de tempo, vai pra lista das coisas que continuam no desejo, no plano, no ideal, mas que frequentemente não cabem na agenda.
Se as redes fazem diferença pro seu trabalho, vale a pena parar pra analisar como melhorar esses alcances, quais os pequenos gestos que dá pra fazer. Colocar os @s em todos os posts pode ser exaustivo. Mas eu às vezes fico caçando em meses de publicações e não acho nenhuma marcação. Mas a gente quer saber, quer incluir, quer divulgar. Quer ampliar a rede e a importância da rede. Quem tá junto? Quem faz parte? Quem faz essa dança acontecer? Marca os seus @s!